Chico Buarque em um jogo de palavras, em sua musica “Tatuagem”, nos faz sonhar com as tatuagens, que são sensuais e nem sempre sofridas. Marcas muitas vezes vistas como estranhas, mas também carinhosas, dedicadas as mães e amantes, que são feitas em corpos perfeitos e outras vezes em músculo frouxo. Nada disto importa nem para Chico e nem para os tatuados.
"Tatuagem"
Chico Buarque
Quero ficar no teu corpo
Feito tatuagem
Que é prá te dar coragem
Prá seguir viagem
Quando a noite vem...
E também prá me perpetuar
Em tua escrava
Que você pega, esfrega
Nega, mas não lava...
Quero brincar no teu corpo
Feito bailarina
Que logo se alucina
Salta e te ilumina
Quando a noite vem...
E nos músculos exaustos
Do teu braço
Repousar frouxa, murcha
Farta, morta de cansaço...
Quero pesar feito cruz
Nas tuas costas
Que te retalha em postas
Mas no fundo gostas
Quando a noite vem...
Quero ser a cicatriz
Risonha e corrosiva
Marcada a frio
Ferro e fogo
Em carne viva...
Corações de mãe, arpões
Sereias e serpentes
Que te rabiscam
O corpo todo
Mas não sentes...
sábado, 20 de fevereiro de 2010
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Guns and Roses.

As rosas além de serem belas são cicatrizantes. Estão em quase 90 % das fotos do livro da tatuadora Kat Von D, sendo elas as principais ou coadjuvantes nas tatuagens.
Acabei de ler o livro de Kat; aprendi algumas coisas, amei outras e não gostei da parte na qual ela fala do Brasil.
Amei a estética do livro; meio gótico, muito rock and roll, as influencias clássicas etc. Achei muito fofo colocar as fotos de família: ela com a irmã, seu nascimento e a avó. Mostrar todas as suas tatuagens, daquele corpão, é para os caras babarem. E por fim mostrar seus trabalhos preferidos ou mais queridos. Estas são as minhas partes preferidas do livro.
O que eu aprendi com as historias de Kat. Deixem-me contar uma coisa antes. O processo para fazer uma nova tatuagem. Normalmente demoro anos pensando num desenho em sua historia e simbolismo. Principalmente depois que comecei a pesquisar o assunto isso se tornou uma regra. No livro Kat conta e mostrar vários pequenos momentos de sua vida que se tornaram tatuagens. Eu sempre séria me preocupando somente com grandes momentos, aprendi a apreciar as lembranças momentâneas que também podem se tornar uma tatuagem.
Uma única coisa no livro que me incomoda, o fatos dela citar um americano até quando foi falar do Brasil. Olha não me leve a mal, ela citar o trabalho de Jonathan Shaw é natural, o cara foi um beatnik influenciou muita gente, mas ela poderia ter tido o cuidado de falar algum dos nossos artistas.
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