quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Que vejo flores em você!



Então chega a fase das flores. A primeira foi feita na época em que minha avó faleceu, sonhei com ela segurando uma rosa vermelha e tatuei-a no ombro. A segunda flor a historia é um pouco mais complicada, mas só vou dizer o seguinte, estava me separando e tatuei uma flor de lótus na lombar. A flor de lótus vocês sabem nasce nos pântanos lá na Índia. Então ela representa esta transição na minha vida. Transição e predição, como sempre. Tenho a opinião de que toda transição e para agente se perder um pouco e depois achar outra coisa.

Agora estou começando outro planejamento no qual a tatuagem deixa de ser um símbolo individual tatuado para se tornar um projeto de imagem corporal. Explicando melhor pretendo unir as imagens que tenho tatuada começando pela flor vermelha que tenho no ombro.

E vou tatuar mais flores. Porque flores? Elas são hibridas sedutoras e com afiados espinhos. Acho que todas as experiências pelas quais passamos na vida são assim hibridas. Não existe só felicidade nem só tristeza.

sábado, 5 de setembro de 2009

Amar e Chocar.

Quando eu pensava que já tinha escutado de tudo um pouco em relação ao preconceito, sobre tatuagem e tatuados, acabo por ouvir algo novo.
Estava em uma festa de aniversario conversando alegremente com uma conhecida sobre tatuagem. Ela me contava sobre duas tatuagens que a interessaram e impressionaram: a primeira - a de um rapaz que tinha veias tatuadas pelo braço e a segunda uma menina tatuara um coração no meio do peito. Quando de repente se intromete na conversa uma senhora, que estava na sala, e diz; mas quem faz este tipo de tatuagem esta querendo mesmo é aparecer e chocar.

O que vocês acham disto?

Eu acho que estas pessoas são primeiro corajosas e também muito originais. Acho que se utilizam de imagens fortes no próprio corpo porque possuem sentimentos muito fortes no seu interior. Elas se emprestam a uma performance cotidiana de impressionar, por vezes chocar, mas também de amar a beleza.

Corroborando o que venho falando acima, trago uma citação do livro ”O Corpo como Objeto de Arte” do sociólogo Frances Henri-Pierre Judy.

“Quando são bem trabalhadas, as diferentes tatuagens podem se assemelhar a quadros, cuja superfície seria a pele do corpo. A exibição da tatuagem é um gesto considerado sagrado, é o mistério de um código figurado por uma representação simbólica que é oferecido ao olhar alheio. Á sua maneira, a tatuagem se apresenta ao mesmo tempo como uma inscrição intimista sobre o corpo e uma manifestação pública”
 
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