sábado, 5 de setembro de 2009

Amar e Chocar.

Quando eu pensava que já tinha escutado de tudo um pouco em relação ao preconceito, sobre tatuagem e tatuados, acabo por ouvir algo novo.
Estava em uma festa de aniversario conversando alegremente com uma conhecida sobre tatuagem. Ela me contava sobre duas tatuagens que a interessaram e impressionaram: a primeira - a de um rapaz que tinha veias tatuadas pelo braço e a segunda uma menina tatuara um coração no meio do peito. Quando de repente se intromete na conversa uma senhora, que estava na sala, e diz; mas quem faz este tipo de tatuagem esta querendo mesmo é aparecer e chocar.

O que vocês acham disto?

Eu acho que estas pessoas são primeiro corajosas e também muito originais. Acho que se utilizam de imagens fortes no próprio corpo porque possuem sentimentos muito fortes no seu interior. Elas se emprestam a uma performance cotidiana de impressionar, por vezes chocar, mas também de amar a beleza.

Corroborando o que venho falando acima, trago uma citação do livro ”O Corpo como Objeto de Arte” do sociólogo Frances Henri-Pierre Judy.

“Quando são bem trabalhadas, as diferentes tatuagens podem se assemelhar a quadros, cuja superfície seria a pele do corpo. A exibição da tatuagem é um gesto considerado sagrado, é o mistério de um código figurado por uma representação simbólica que é oferecido ao olhar alheio. Á sua maneira, a tatuagem se apresenta ao mesmo tempo como uma inscrição intimista sobre o corpo e uma manifestação pública”

3 comentários:

  1. Patricia, to matando a saudades de vc e adorando o seu blog, bem escrito e de alta astral e qualidade.
    vou te enviar email pra gente se atualizar. Bjs e Parabéns pela feliz iniciativa!!!

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